terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Paredes

Quem me conhece, sabe que não vivo sem música; faz parte de mim, desde que me sinto gente.

Não será, por isso, de estranhar a especial atenção que lhe darei, ao longo do tempo que por aqui andar.

Escreveu, um dia, Beethoven: a música é um terreno onde o espírito vive, pensa e floresce.

Abençoado o terreno onde viveu, pensou e floresceu o espírito de um dos nossos maiores génios do século XX - Carlos Paredes!

Completam-se hoje 91 anos sobre o seu nascimento.

Figura ímpar da cultura portuguesa, Paredes ficou conhecido como O homem dos mil dedos, tamanho o seu génio a dedilhar as cordas de uma guitarra.

Filho e neto de guitarristas compositores, deles herdou a Arte, elevando-a a um patamar nunca dantes imaginado. Estudou com o pai; falou com saudade desse tempo: Nestes anos, creio que inventei muita coisa. Criei uma forma de tocar muito própria que é diferente da do meu pai e do meu avô.

Compôs muito, até para cinema;
Tocou muito;
Gravou muito;
Encantou muito!

À sua Arte, presto a minha homenagem!

Quando eu morrer, morre a guitarra também.
O meu pai dizia que, quando morresse, queria que lhe partissem a guitarra e a enterrassem com ele.
Eu desejaria fazer o mesmo. Se eu tiver de morrer.
Carlos Paredes


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