Breviário e Legendas
De uma vida inconscientemente estética
segunda-feira, 20 de julho de 2020
Voltei!
quarta-feira, 25 de janeiro de 2017
Manhã de Inverno
Apesar de viver num País de temperaturas amenas, o termómetro do carro marcava apenas 1º. Uma película de gelo, que mais parecia neve, cobria docemente a lezíria.
E à memoria veio, subitamente, este lindíssimo poema de Machado de Assis.
Coroada de névoas, surge a aurora
Por detrás das montanhas do oriente;
Vê-se um resto de sono e de preguiça,
Nos olhos da fantástica indolente.
Névoas enchem de um lado e de outro os morros
Tristes como sinceras sepulturas,
Essas que têm por simples ornamento
Puras capelas, lágrimas mais puras.
A custo rompe o sol; a custo invade
O espaço todo branco; e a luz brilhante
Fulge através do espesso nevoeiro,
Como através de um véu fulge o diamante.
Vento frio, mas brando, agita as folhas
Das laranjeiras húmidas da chuva;
Erma de flores, curva a planta o colo,
E o chão recebe o pranto da viúva.
Gelo não cobre o dorso das montanhas,
Nem enche as folhas trémulas a neve;
Galhardo moço, o inverno deste clima
Na verde palma a sua história escreve.
Pouco a pouco, dissipam-se no espaço
As névoas da manhã; já pelos montes
Vão subindo as que encheram todo o vale;
Já se vão descobrindo os horizontes.
Sobe de todo o pano; eis aparece
Da natureza o esplêndido cenário;
Tudo ali preparou co’os sábios olhos
A suprema ciência do empresário.
Canta a orquestra dos pássaros no mato
A sinfonia alpestre, — a voz serena
Acordo os ecos tímidos do vale;
E a divina comédia invade a cena.
quinta-feira, 1 de setembro de 2016
Próximos dias
sexta-feira, 12 de agosto de 2016
Foste ao Meo e não disseste nada?
sexta-feira, 3 de junho de 2016
O Melhor de Mim está por chegar!
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016
Banda Sonora
Largo, do Concerto nº4 em Fá menor, Op.8, RV 297, L'Inverno, de Antonio Vivaldi, numa extraordinária interpretação do grande Itzhak Perlman.